Notas de Criação: Bastidores da Primeira Edição
- mariamanuporto
- 3 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de set.

Notas de Criação: Bastidores da Primeira Edição:
A primeira edição da Maizon Magazine nasceu como a ideia de um pintor que cria um
quadro: devagar, com cuidado, entre uma ideia e outra que não queria mais ir embora.
Foi mais do que escolher fotos bonitas ou montar páginas com um layout agradável.
Foi pensar em como capturar uma sensação: o feminino em estado de liberdade, a beleza que vive nos detalhes, o silêncio cheio de significados. Cada matéria surgiu como um fragmento sensível do que me move: as cores que eu via nas manhãs de domingo, o mar do Rio como cenário e metáfora, os objetos que guardam memória sem fazer barulho.
Essa revista foi criada com os olhos e com o coração.
Em cada página, há um pouco dos meus lugares, das minhas estações favoritas, das músicas que me acompanham quando ninguém está vendo, do que penso e muitas vezes não tenho onde espressar. A Maizon é, antes de tudo, um diário não declarado, um espaço onde estética, afeto e tempo se encontram.
A curadoria foi e sempre será artesanal: frases soltas entre parágrafos, colagens intuitivas, títulos que vieram como sussurros no meio da noite (sim, fiquei muitas madrugadas não querendo dormir para não perder as ideias). O processo foi silencioso e intenso, e cada decisão foi movida por algo que não cabia só na lógica, mas era sensação.
Foi também um processo afetivo. Compartilhar com amigas, ouvir retornos sinceros, descobrir que outras mulheres também sentiam falta de uma revista que fosse mais do que tendências. Que fosse respiro, inspiração, e espelho.
Numa mistura de inspirações do Pinterest, playlists no Spotify e a vontade de mostrar o que tenho a oferecer, nasceu uma revista. Um volume de estreia que não quer apenas ser lido, quer ser sentido e acima de tudo fazer os olhos e o coração entenderem minha mensagem. Uma publicação que carrega a alma de um projeto autoral, feito com o tempo que a delicadeza exige.
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